the plot;

21 de dezembro de 2012. Segundo o calendário Maia, naquele dia aconteceria o fim do mundo, o fim das eras, o apocalipse. Em todo o mundo as pessoas estavam apavoradas, governadas pela idéia de fim que a mídia impôs ao longo dos últimos anos. Alguns riam, descrentes de tudo o que era dito. Eles estavam certos. Aquele dia não marcou o fim de um era, mas o inicio de uma nova.

No início da noite, o céu escureceu, a lua foi encoberta por densas nuvens de tempestades e as estrelas se apagaram. O céu, visto dos Estados Unidos, representava o inicio do apocalipse, assim como fora profetizados pela antiga sociedade. Raios chacoalhavam o país, acompanhado do barulho das gotas de chuva e dos ventos que arrancavam placas e outdoors. O mar parecia vivo com suas ondas alcançando seus quase dez metros, banhando todas as costas. As pessoas corriam nas ruas procurando proteção, abrigo, redenção por seus pecados. Mas Deus não tinha planos para extinguir a vida na terra, não o Deus dos cristãos e não àquele dia.

No meio da noite, raios ainda mais fortes fizeram tremer até os caixões dos mortos em seus cemitérios. Os pára-raios não eram suficientes para deter a tempestade. Carros eram arrastados pelas águas nas ruas, postes e árvores estavam sendo arrancadas pela força dos ventos. A terra também tremeu, principalmente no interior do país. Vários clarões foram avistados em diferentes pontos do país: azuis, verdes, cor de fogo. Pareciam raios, outros disseram que eram como meteoritos, alguns disseram que pontos coloridos luminosos aparecem entre as nuvens tempestuosas e eram acompanhados por barulhos de trovões logo depois de sumirem.

A verdade é que os humanos não estavam mais sozinhos no planeta Terra.

Quando a manhã chegou, várias cidades do país estavam destruídas. A tempestade fora uma das maiores dos últimos tempos, como um apocalipse, mas o índice de mortes não foi tão grande. Mal sabiam que o maior problema estava apenas começando, lentamente, disfarçadamente, gradativamente.

No dia seguinte, doze jovens comuns apareceram em diferentes regiões dos EUA. Eles não tinham nada em comum, nem uma característica, exceto a amnésia que acompanhava a todos eles. Eles não sabiam de onde vinham, nem quem eram, nem o que faziam ali, nem o que podiam fazer. Eles eram alienígenas.

Kwan’d é o nome de seu planeta natal. Localizado em outra galáxia, anos luz da Via Láctea e da Terra. Um dos 18 planetas habitáveis do Espaço. Habitado por uma raça chamada Kyrohn, seres com habilidades especiais que sempre viveram pacificamente. Sua aparência se assemelha bastante a dos humanos terrestres, seus costumes e hábitos também, mas eles são seres superiores, poderosos, perigosos, mas extremamente amáveis. Porém, alguns Kyrohn, envoltos em ambição e sede de poder se voltaram para o lado das trevas. Renegados por todos os pacíficos, eles foram obrigados a fugir para os lados mais sombrios do planeta, cobertos de ódio e rancor.

Planejaram, assim, sua vingança.

Para conseguirem poder, apelaram para a magia das feiticeiras (também conhecidas como Vixen) do planeta. Estas eram especialistas na arte da magia negra, hipnose e metamorfismo, e também ambiciosas, principalmente por reconhecimento de suas magias. Os Kyrohn renegados se uniram, dezenas deles, e em trabalho junto com as Vixen e do pior tipo de magia existente, tornaram-se Skulls, criaturas das sombras, extremamente malignas e vingativas, capazes de se metamorfosear em qualquer animal ou pessoa, existir em situações miseráveis e hipnotizar. Assim, eles atacaram a cúpula do poder de Kwan’d.

A luta fora sangrenta, uma vez que as Vixen e os Skulls hipnotizaram pessoas inocentes para lutarem por elas. Muitos inocentes morreram, mas muitos Skulls e Vixen foram derrotados também. Dotados de uma grande inteligência cientifica e tecnológica, os Skulls criaram armas para atacar e, assim, levaram o planeta Kwan’d à destruição quase total. Mas eles não pararam por ai. Eles queriam a destruição de todos e o inicio de uma nova raça.

O rei de Kwan’d, em sua ultima ação em vida, ordenou que os guardiões pegassem seus protegidos e fugissem para outro planeta, usando de toda a tecnologia e poder que pudessem reunir. Assim, 24 pessoas escaparam do massacre e encontraram lar na Terra. 24: 12 guardiões, 12 protegidos.

O que ninguém esperava é que, anos mais cedo, um protegido e um guardião já havia sido enviado à Terra, com o intuito de estudar os humanos e preparar terreno para quando a invasão acontecesse. Sim, Esse escolhido tornou-se um dos primeiros renegados, um dos primeiros Skull, e hoje ele é nada mais, nada menos, que o Presidente dos Estados Unidos da América. Um alienígena infiltrado e paciente, aguardando o dia do inicio da nova era: 21 de dezembro de 2012, o presente.

Sabendo da fuga de alguns Kyrohn, os Skulls e Vixen remanescentes trabalharam juntos em um método para abandonar o planeta quase deserto e dominar um novo, à Terra, e então, depois de eliminar os fugitivos, começar a nova era com uma raça nova. Um mês após a chegada dos Kyrohn à terra, os Skulls e Vixen conseguiram se mudar para o planeta água.

Começaram então à colonização, aos poucos, habituando-se ao novo planeta. Suas habilidades de metamorfismo e hipnose eram armas cruciais para sua sobrevivência nos primeiros dias. Conhecendo à fragilidade do corpo humano, criaram um vírus mutante, uma doença como uma gripe, que infectava pessoas com uma facilidade incrível e não tinha controle, disseminando o medo por todos os lugares, através do toque. Os sintomas eram similares com os de uma gripe comum, exceto que alguns infectados entravam em coma no seu terceiro dia de gripe, e só acordavam semanas depois: mudados, melhorados, geneticamente modificados. Assim, aos poucos, alguns humanos passaram a ser mutantes, com habilidades especiais, porém, com problemas.

Os Skulls podiam hipnotizar os mutantes melhor do que podiam hipnotizar os humanos comuns. E o vírus causador das mutações não afetava a todos, só aqueles que continham em suas combinações genéticas algum indicio de evolução, dessa forma nem todos os infectados poderiam virar mutantes. Os que não eram naturalmente selecionados, sobreviviam. Os mudados, tinham que se adaptar aos novos poderes e à perseguição dos Skulls e Vixen que pretendiam criar um exercito.

Mas os Vilões da historia não contavam com um porém.

O guardião do primeiro Skull – o atual Presidente – fora dado como morto assim que chegou à Terra, anos atrás. Mas ele estava vivo, e bem vivo, e assim como seu ex-protegido e agora inimigo Skull, ele estava esperando pelo dia em que seus protegidos (os 24 fugitivos) chegassem à Terra em busca de proteção e treinamento.

Por muitos anos, Ben, o guardião dos guardiões, viveu escondido, invisível dos olhos de seu antigo protegido, Lucius. Ao longo dos anos, Ben traçou planos e construiu laços no Brooklyn, NY, onde estabeleceu a sua base secreta: uma hospedaria comum, para jovens estudantes e quem mais precisar, mas que é coberta por magia antiga de seu planeta natal, podendo teleportar qualquer um que passe por uma porta secreta, levando-os direto para uma mansão localizada magicamente sob o solo do Brooklyn. Assim, quando a antiga profecia conhecida somente por ele e Lucius (os primeiros fugitivos) se realizasse, ele teria onde preparar seus novos pupilos.

Agora, a Terra não é mais lar apenas de humanos. Alienígenas e mutantes caminham normalmente por entre os humanos, passando-se por pessoas comuns, querendo ser normais e felizes. Mas qual será o preço dessa felicidade agora que a Terra está fadada a enfrentar uma de suas maiores guerras? Quem estará seguro agora que humanos podem ser transformados em mutantes e usados para o mal? Quem está seguro sabendo que seu melhor amigo, pai, namorada, irmão, pode estar sendo controlado por alienígenas do mal? E quem irá se aliar aos 12 Kyrohn e lutar pela restauração da paz terrestre? Quantas perguntas ficaram sem resposta ao longo do tempo?

Dessa forma, começa a Nova Era.